V REUNIÃO DE ANÁLISE CLIMÁTICA PARA O NORDESTE DO BRASIL
Salvador, 22 e 23 de maio de 2003.


SUMÁRIO EXECUTIVO

Nos dias 22 e 23 de maio de 2003, sob a coordenação da Superintendência de Recursos Hídricos, através do seu Laboratório de Hidrometeorologia do Estado da Bahia - LHMB, técnicos em meteorologia de vários Estados do Nordeste e CPTEC/INPE, se reuniram para análise das condições atmosféricas e oceânicas, com vista à elaboração do prognóstico climático para o trimestre junho a agosto de 2003, para o setor leste do Nordeste do Brasil (NEB).

COMPORTAMENTO DAS CHUVAS NO MÊS DE ABRIL

No Maranhão, as chuvas totalizaram valores acima da média em quase todo o Estado. No Ceará, os desvios foram positivos no litoral e negativos, nas demais áreas. Nos estados do Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe as chuvas foram abaixo da média. Na Paraíba, ocorreram chuvas acima da média em áreas isoladas no noroeste e parte central do Cariri e Curimataú. Em Pernambuco, as chuvas se concentraram na Zona da Mata e Litoral, entretanto houve predominância de desvios negativos em todo o Estado. Na Bahia, as chuvas foram acima da média na faixa litorânea do Recôncavo e Sul. Nas demais áreas, foram abaixo da média. De maneira geral, na Região Nordeste predominaram desvios negativos de chuva devido à fraca atuação de sistemas frontais e à permanência de Vórtices Ciclônicos de Ar Superior (VCAS).

ASPECTOS GLOBAIS

Durante o mês de abril, no Pacífico Equatorial Leste, próximo à costa do Peru e Equador, prevaleceram Temperaturas da Superfície do Mar (TSM) abaixo da média (aproximadamente 1°C). À oeste da Linha de Data Internacional, a TSM esteve de normal a ligeiramente acima da média. No Atlântico Subtropical Sul, o padrão predominante durante o mês de abril foi uma grande área de águas superficiais mais quentes do que a média, que vem persistindo pelo quarto mês consecutivo. Estas águas quentes implicam em um maior fornecimento de vapor d'água para a atmosfera, que pode ser transformado em precipitação dependendo da atuação dos sistemas meteorológicos.

TENDÊNCIAS CLIMÁTICAS

O modelo de previsão da TSM do Centro Ambiental Norte-Americano (NCEP) prevê que o padrão de anomalias observado durante abril deva permanecer praticamente inalterado durante o trimestre junho-julho-agosto (JJA), ou seja, ausência de um episódio El Niño ou La Niña.
As chuvas no leste do Nordeste*, no trimestre JJA, deverão ficar de normais a acima da média.
Este trimestre não deverá ser influenciado nem por um El Niño ou La Niña. Devem predominar as chuvas provenientes de nuvens estratiformes, decorrentes da circulação de brisa. No entanto, não está descartada a possibilidade de que distúrbios de leste ou frentes frias ocasionais venham a causar chuvas fortes e localizadas.*é composto pela faixa leste e vizinhanças (aproximadamente 200km em direção ao interior) que se estende desde o RN até o Recôncavo Baiano.

CRONOGRAMA DAS PRÓXIMAS REUNIÕES CLIMÁTICAS DO NORDESTE PARA A ESTAÇÃO CHUVOSA DE 2003

Junho - Campina Grande - PB
Julho - Aracajú - SE
Agosto - Recife - PE

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

CPTEC/INPE - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos
EBDA - Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola
EMPARN- RN- Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte
LAMEPE/ITEP - Laboratório de Meteorologia do Estado de Pernambuco/ Instituto Tecnológico de Pernambuco
SRH/GERIN - BA - Superintendência de Recursos Hídricos/Gerência de Informações
CMRH/SRH - Centro de Meteorologia e Recursos Hídricos/ Superintendência de Recursos Hídricos
MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia
CORDEC - Coordenação de Defesa Civil
Campbell do Brasil
LMRS-PB/SEMARH - Laboratório de Meteorologia, Recursos Hídricos e Sensoriamento Remoto da Paraíba/Secretaria Extraordinária do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e Minerais